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O suporte básico de vida pediátrico, é nada mais, nada menos que um conjunto de medidas e procedimentos técnicos, que visam garantir a sobrevivência da vitima até á chegada de ajuda especializada como é o caso dos bombeiros ou INEM.

Sei que muitas mães preferem não tocar no assunto, ou sequer pensar nele, porque acham que se o fizerem estão a atrair o azar.

Sou da opinião contrária, há que falar das coisas sem medos, e quanto mais informação dispor-mos melhor, porque só assim podemos evitar, ou pelos menos tentar evitar o pior.

Ainda assim, surpreende-me que tantas pessoas não liguem a certo tipo de informação, ou porque simplesmente não querem saber, ou porque de fato vivem um bocado alienadas da realidade.

Aqui segue o link, o curso é gratuito e de extrema importancia, não só para os nossos filhos como para qualquer criança que precise.

Como um dos formadores referiu no curso que fiz, quanto mais pessoas forem formadas, menor é o risco de repercussões graves ou muito graves, porque quando se trata de bébés/crianças, todos os segundos contam. E hoje pode ser o filho de um desconhecido a precisar, mas amanhã pode ser o meu.

http://www.ordemenfermeiros.pt/sites/sul/informacao/Paginas/NovasedicoesdoCursodeSuporteBasicodeVidaPediatricoparaPais.aspx

Ainda deixo um relato que descreve na perfeição uma situação real, é arrepiante, é constrangedor, mas é nestas alturas que damos valor ao tempo de dispensamos com o curso.

“Imaginemos que estamos de férias, numa bela praia de Albufeira. Estamos em Julho na força do calor, há pessoas por todo o lado, umas a trabalhar para o bronze, outras aproveitam para ler o jornal e outras simplesmente estão a aproveitar para descansar dos longos meses de trabalho anteriores, e quase que entram num estado de hibernação sempre que se deitam na areia.

Uma criança, de apenas 2 anos, aproveita a distracção ou descanso prolongado dos papás e resolve ir pelo próprio pé até à água, onde já estavam outras crianças.

De repente começa-se a ouvir e a ver uma grande agitação junto à orla da praia, muitos gritos e muita aflição. A curiosidade desperta e vamos ver o que se está a passar. O choque era geral. Uma criança tinha sido arrastada por uma onda mais forte e estava inconsciente. O que fazer…. Chamar o 112, policia, bombeiros, … todos os segundos contam, mas em contagem decrescente…. Os pais chegaram no mesmo instante e ficaram em choque.

Rapidamente se aproximou da criança, verificou se a zona em redor estava em segurança e pediu para as pessoas se afastarem. Debruçou-se sobre a criança e fez uma breve avaliação do estado de consciência da criança, procurando algo que estivesse a obstruir a via aérea e começou a analisar sinais que demonstrassem que a criança estaria a respirar. Não estava….

De seguida optou por fazer 5 insuflações, tendo o cuidado de manter a permeabilidade das vias respiratórias. Procurou mais uma vez sinais de recuperação da respiração. Nada…

Como não respirava, iniciou compressões torácicas, fazendo 1 minuto de SBV (suporte básico de vida), que significa realizar 3 ciclos de 30:2, sendo que a cada 30 compressões torácicas, executam-se 2 insuflações.

Pediu para ligarem para o 112, mas como já o tinham feito continuou o algoritmo do SBV até a ajuda diferenciada chegar…

Passados poucos minutos chegara o INEM. Rapidamente o substituíram e pouco tempo depois a criança recuperara a consciência. Foi euforia total….”

Este relato teve um final feliz, agora imaginem que estão em casa com uns amigos, á beira da piscina, e nuns segundos de distração acontece um acidente e nenhum dos presentes sabe o que fazer, para além de ligar o 112…dá que pensar né?